Fotógrafo: Cartier Bresson

Por meio desta atitude libertária, que Cartier-Bresson adotou a partir do momento que passou a ver o mundo através do visor de sua primeira câmera Leica, o artista desenvolveu uma maneira original de captar e expressar suas impressões sobre o visível, criando uma linguagem que ainda hoje é referência para muitos fotógrafos.
“Tirar fotos é prender a respiração quando todas as faculdades convergem para a realidade fugaz. É organizar rigorosamente as formas visuais percebidas para expressar o seu significado. É pôr numa mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração”. Esta frase define como o fotógrafo percebia a vida através do visor.Sua contribuição para a reportagem é inegável mas foi fotografando cenas cotidianas durante o período de 1930 a 1960 que sua fama se consolidou. Suas fotos podem não ser espetaculares, mas certamente são lindas e verdadeiras. Em seu livro “Os europeus”, adverte: “Os fotógrafos não fazem mais do que mostrar as agulhas do relógio, mas eles escolhem os seus instantes”.









Tornou-se conhecido mundialmente por trabalhos publicados nas revistas Life e Paris-Match. Nunca publicou uma imagem em que houvesse recebido auxílio de flash ou que houvesse explicado ao modelo como se colocar diante da câmera. Sua linguagem e técnica vem servindo de inspiração à gerações de fotógrafos. “O papel do fotógrafo é documentar e para isso o necessário é uma câmera eficiente e intuição”. A frase reproduz facetas do pensamento de Bresson.



Fundamentalmente, a convicção de que a fotografia deve documentar o mundo, retratar pedaços da realidade e, sem deixar de ser recorte, não pode mentir. Por isso, o fotógrafo é avesso às poses e fotos produzidas. O ato fotográfico deve se resumir à procura pelo momento ideal e ao rápido disparo do obturador, daí seu desprezo pelos equipamentos fotográficos muito sofisticados.
















Handara

Lino Villaventura